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quarta-feira, setembro 26, 2012
terça-feira, setembro 04, 2012
48 horas em Florianópolis
Florianópolis – Só as praias, lagoas, dunas e montanhas já
valem a viagem. Mas além das belezas naturais, a capital catarinense reúne
construções históricas e variada gastronomia. Seus moradores, os “manezinhos da
ilha”, são simpáticos com seu sotaque peculiar, herança dos colonizadores
açorianos.
Não é à toa que Floripa atrai tantos turistas do Brasil.
Com 60 quilômetros de extensão, as distâncias de uma praia a
outra são bem longas e compensa alugar um carro. 48
horas em Florianópolis é muito pouco para descobrir as atrações da ilha. Mas,
com certeza, é um convite para uma próxima viagem.
Dia 1
Praia é o que não falta em Florianópolis: 42 esparramam-se pela
ilha – e sem contar aquelas menores, escondidinhas e sem nome. Com tantas
opções, é difícil escolher uma só. Tire a manhã para conhecer a famosa Praia
Mole, a mais baladeira de todas. As ondas fortes atraem os surfistas enquanto o
morro à direita é usado como rampa de decolagem para o voo livre.
Colada à Praia Mole fica outro famoso point de surfistas e sede
de campeonatos internacionais, a Praia da Joaquina. Se o mar não for sua praia,
arrisque-se no sandboard, o surfe na areia. O desafio é deslizar pelas dunas em
pé, sobre a prancha, sentindo o ventinho bater no rosto. Mas se preferir algo
menos radical, encare o esquibunda, em uma prancha um pouco mais larga. Várias
barracas na praia alugam as pranchas.
Pertinho dali está as águas da maior lagoa da ilha ficam
coloridas com as velas de windsurfe e kitesurfe. Na Lagoa da Conceição dá para
fazer uma aulinha rápida com instrutores e aprender algumas manobras. Faça uma
caminhada na Avenida das Rendeiras, que contorna a lagoa, repleta de lojas que
vendem a tradicional renda de bilro. Aproveite para fazer comprinhas de peças
feitas artesanalmente à mão, como toalhas e vestidos.
A Lagoa também concentra bons restaurantes para provar a famosa
sequência de camarão, que se tornou praticamente uma atração turística. O
visitante pode se esbaldar nesse “rodízio” que começa com casquinhas de siri e
continua com camarão ao alho e óleo, ao bafo, à milanesa e filé de peixe ao
molho de camarão. Ou se preferir as famosas Ostras.
E que tal curtir uma balada em plena luz do dia? O Jurerê reúne
beach lounges que lhe dão um ar sofisticado de Ibiza e Punta del Este. As festas
regadas a espumantes e música eletrônica são perfeitas para curtir o fim de
tarde à beira-mar.
Depois do esquenta na praia, nada melhor que curtir a noite de
Floripa. Os mais baladeiros podem se esbaldar na pista ao som eletrônico ali
mesmo em Jurerê.
Dia 2
Deixe o segundo dia para descobrir o Centro Histórico. Boa
parte das antigas construções em estilo neoclássico foram restauradas. Escolha
como ponto de partida a Praça 15 de Novembro, onde a cidade foi fundada.
Impossível deixar de notar a gigantesca e centenária figueira, com galhos que se
estendem pela praça. Os moradores garantem que contornar a árvore várias vezes
atrai fortuna e casamento.
Entre na Catedral Metropolitana, erguida em 1773, no ponto mais
alto da Vila de Nossa Senhora de Desterro, como Florianópolis foi batizada. O
edifício passa por um intenso restauro, mas repare nos delicados vitrais e
altares que já foram recuperados. Siga para o Merca do Público, onde as barracas
vendem de camarões graúdos a doces típicos. Prove uma porção de ostras frescas,
já que a cidade é a maior produtora do país. Tampouco seria um pecado ir embora
sem degustar um bolinho de bacalhau e a tradicional cachamel, cachaça
envelhecida com mel.
De lá, dê uma esticadinha até o Sul da Ilha, Praia do Campeche,
um das mais próximas do centro, apesar dos 20 quilômetros de distância. É tão
badalada quanto Jurerê Internacional e Mole, mas sua natureza mais rústica, com
ventos fortes e mar agitado, atrai fãs de surf e kitesurfe. Sua extensa faixa de
areia servia de campo de pouso para o correio aéreo francês na década de 20. E
uma curiosidade: os antigos moradores dizem que o nome Campeche vem do apelido
que ele deu ao lugar: Campo de Pesca – ou em francês, Champ du Pêche.
Para se despedir de Floripa, vá até a Ponte Hercílio Luz.
Construída para ligar a parte continental à ilha, a enorme estrutura de 75
metros de altura se tornou o cartão-postal da cidade. A ponte está fechada para
restauração, mas continua procuradíssima para fotos, principalmente ao pôr do
sol. À noite, a iluminação realça ainda mais sua beleza e, de quebra, rende
ótimos cliques.
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